Planejamento insurgente e ação coletiva frente à mercantilização do urbano: a experiência do Movimento Ocupe Estelita, Brasil = Insurgent planning and collective action against the commodification of the city: the experience of the Movimento Ocupe Estelita, Brazil
Melchiors, Lucia
Date
2020-11Citation:
Melchiors, Lucia. (2020). Planejamento insurgente e ação coletiva frente à mercantilização do urbano: a experiência do Movimento Ocupe Estelita, Brasil. XVI Seminario Internacional de la Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y Territorio (pp. 1-17). Retrieved from https://doity.com.br/seminarioriiPermanent link to Research Bank record:
https://hdl.handle.net/10652/5254Abstract
RESUMO:
O trabalho propõe uma reflexão sobre a influência de arenas participativas autônomas enquanto expressões de grupos e movimentos contra-hegemônicos que buscam influenciar o planejamento e a produção do território. O planejamento insurgente é usado para embasar a análise da atuação do Movimento Ocupe Estelita (MOE) cujas ações exprimem emergências de uma atitude política que fortalece ações colaborativas em prol de espaços da cidade. Utilizando espaços inventados, arte, lúdico, resgate da memória e práticas criativas, o MOE ampliou o debate sobre processos urbanos contemporâneos, expressando disputas pelo territórios e propondo alternativas que fortalessem a ação coletiva e colaborativa. O estudo dessas práticas coletivas emergentes evidencia o potencial de criação de espaços em que os cidadãos se tornam participantes mais ativos no desenho da cidade, resistindo à mercantilização do urbano e reivindicando, de forma tangível, o direito de fazer parte da cidade e das decisões sobre seu planejamento.
ABSTRACT:
This paper explores the influence of autonomous participatory arenas as expressions of counter-hegemonic groups and movements that seek to influence the planning and the production of the territory. Insurgent planning is used to support the analysis of the Movimento Ocupe Estelita (MOE) whose actions exemplify a political attitude which strengthens collaborative networks to safeguard urban spaces. Using invented spaces, art, playfulness, memory retrieval and creative practices, the MOE broadened the debate on contemporary urban processes, expressing dispute over territories and proposing alternatives strengthening collective and collaborative action. The study of these emerging collective practices shows the potential of creating spaces in which citizens become more active participants in the design of the city, resisting the commercialization of the urban and claiming, in a tangible way, the right to be part of the city and the decisions about your planning.