Metropolização Contemporânea: transformações territoriais nasmetrópoles da América Latina
Melchiors, Lucia
Date
2017Citation:
Melchiors, L. C. (2017). Metropolização Contemporânea: transformações territoriais nas metrópoles da América Latina. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP , 10(1), pp.133-154. doi:10.18468/pracs.2017v10n1.p133-154Permanent link to Research Bank record:
https://hdl.handle.net/10652/4215Abstract
Nas últimas décadas, as metrópoles passaram por profundas transformações urbanas. As novas tecnologias da informação e comunicação e o novo enfoque de governança baseado na ampla liberalização econômica impulsionaram diversos e significativos efeitos no espaço metropolitano e uma progressiva e generalizada ampliação mundial do espaço de acumulação, tornando as grandes aglomerações urbanas "nós" de uma rede global. O presente artigo discute os efeitos da globalização sobre as metrópoles latino-americanas, analisando seus impactos no processo contemporâneo de metropolização. Busca-se avaliar a generalidade capitalista e suas particularidades, identificando semelhanças e diferenças nas transformações físicas das metrópoles da América Latina. Adota-se a revisão bibliográfica como processo metodológico fundamentando-se a discussão em autores da geografia (Capel, Janoshcka, Borsdorf, Hildago) e do urbanismo (Pradilla Cobos, Mattos). Sob a ótica deste fenômeno capitalista, são discutidas as principais tendências identificadas nessas transformações urbanas: a) decomposição produtiva e mudanças nos padrões de mobilidade; b) surgimento de uma nova forma urbana difusa e fragmentada; c) existência de novos comportamentos locacionais de empresas e famílias formando ilhas urbanas; d) mudanças na estrutura metropolitana tendendo ao policentrismo; e) existência de um sistema econômico e urbano fortemente baseado em redes; f) contrastes morfológicos; g) importância do reforço de identidades; h) instrumentos de planejamento; e i) dinâmicas dos movimentos sociais. Defendese que as metrópoles atuais latino-americanas seguem as determinações do padrão neoliberal de acumulação, porém a esses se juntam particularidades características da região